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Xapuri completa 120 anos de uma imponente história de tradição, cultura e esperança

  • Foto do escritor: Prefeitura de Xapuri
    Prefeitura de Xapuri
  • 22 de mar.
  • 3 min de leitura


Neste 22 de março de 2025, Xapuri celebra 120 anos de história, carregando no peito de cada habitante o orgulho de um povo resiliente, que construiu com suor e coragem uma cidade que transcende o tempo. Xapuri não é apenas um ponto no mapa do Acre - é um símbolo de resistência, cultura e esperança.


Berço da Revolução Acreana, foi daqui que retumbou o brado de um povo que não aceitava ser estrangeiro em sua própria terra. A luta dos soldados-seringueiros forjou o destino do Acre, consolidando sua identidade brasileira.

Por décadas, Xapuri foi o coração pulsante da economia da borracha no Brasil, impulsionada pelo comércio vibrante das famosas "Casas Aviadoras". As riquezas que saíam deste chão ajudaram a movimentar o país, e as margens do Rio Acre eram testemunhas do intenso vai e vem de embarcações carregadas de borracha, sonhos e expectativas.


Antes da chegada dos colonizadores e seringalistas, esta terra já era lar de diversas etnias indígenas, que aqui viviam em equilíbrio com a floresta. Diversos povos originários fazem parte da identidade ancestral de Xapuri e continuam a contribuir para a riqueza cultural e histórica da cidade.



Não foram poucos os filhos ilustres que Xapuri deu ao Brasil. Entre eles, o brilhante jornalista Armando Nogueira, que soube traduzir o futebol em poesia; o renomado cardiologista Adib Jatene, que revolucionou a medicina no país; o senador e ministro Jarbas Passarinho, cuja trajetória política marcou a história nacional. Mas talvez nenhum nome tenha ecoado tanto mundo afora quanto Chico Mendes, líder seringueiro cuja luta pela preservação da Amazônia e pelos direitos dos povos da floresta se tornou um legado eterno.


Seus costumes e tradições permanecem vivos, como o doce sabor da cultura transmitido por gerações de doceiras, como Maria Cossom, Adelina Mortes, Carmem Veloso e Nena do Coco, que fizeram da arte de adoçar a vida um patrimônio xapuriense.


Seus estivadores, como Gibiri e Jatobá, carregaram nos ombros o peso do progresso, contribuindo para a construção de um legado de trabalho e bravura. Seus comerciantes, em grande parte imigrantes que aqui encontraram um novo lar, foram pilares da economia local, escrevendo suas histórias entre balcões e ruas movimentadas, sendo parte inseparável da identidade xapuriense.


A força da fé também se manifesta em Xapuri, sendo um elemento essencial na vida da comunidade. O Novenário de São Sebastião, uma das maiores festas religiosas do Acre, reúne milhares de fiéis todos os anos em uma expressão de devoção e tradição.



Paralelamente, a cidade também abriga uma parcela significativa de protestantes, de diversas denominações, que desempenham um papel relevante na sociedade local por meio de ações sociais e comunitárias. Mesmo em menor número, há também membros de religiões de matriz africana e de vertentes como o espiritismo, todas dignas do maior respeito e parte fundamental do tecido social xapuriense.


Hoje, Xapuri busca redefinir seu futuro. Entrelaçando a necessidade de preservar sua exuberante natureza com o desejo legítimo de progresso, a cidade busca novas vocações para seu desenvolvimento. O turismo ecológico, o fortalecimento da cultura local e iniciativas sustentáveis de produção surgem como caminhos possíveis para que a "Princesinha do Acre" continue a brilhar, sem perder sua essência.



Xapuri chega aos 120 anos com a força de sua história, a grandeza de seus filhos e a esperança de um amanhã promissor. Parabéns, terra de heróis e sonhadores! Que seu futuro seja tão grandioso quanto sua trajetória.

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