O ponto turístico havia passado cinco anos fechado para reformas, voltando a receber o público apenas em novembro de 2023, precisando ser fechada novamente no começo de março.
A Casa de Chico Mendes, um dos principais pontos turísticos do município de Xapuri, teve sua reabertura realizada na sexta-feira (22), no aniversário de 119 anos da cidade. O local foi coberto pelas águas da enchente deste ano.
Este ano, o nível do Rio Acre na cidade chegou a 17,08 metros, deixando mais de 200 pessoas sem abrigo, e outras 584 desalojadas.
Ao g1, a diretora de Turismo de Xapuri, Ronaira Barros, afirma que a rapidez na retirada do acervo que estava dentro da casa de Chico Mendes foi crucial na preservação histórico-cultural.
“Fizemos parte das equipes de retirada dos moradores das casas, mas estávamos sempre antenados com a situação da casa do Chico, tendo em vista que ali é próximo tanto do rio quanto do igarapé. Logo nos reunimos, fizemos a leitura do plano de contingência e já começamos a traçar as estratégias do que fazer e como fazer. Como retirar os acervos, onde colocar para que a gente pudesse deixar eles todos guardados e resguardados”, explicou.
“Tirou bastante a pintura externa, o telhado do banheiro também [sofreu danos] e tivemos outros pontos atingidos. A Fonte do Bosque, ainda não foi limpa e na Praça São Sebastião começou agora um processo de retirada dos entulhos e da areia”, esclarece Barros.
Todos os objetos retirados da Casa de Chico Mendes foram enviados para a Secretaria de Cultura, sendo postos em observação. A antiga moradia do sindicalista foi amarrada, para que a correnteza das águas não danificasse a estrutura e assim não fossem necessários maiores reparos quando o nível baixasse.
Apesar de todo o esforço feito pela gestão do município, reparos serão necessários, como uma nova pintura. Uma das camas que fazem parte do patrimônio e estava presente no local foi danificada.
A Casa de Chico Mendes foi reaberta no mês de novembro de 2023, após passar cerca de cinco anos em reformas, para que pudesse voltar a receber o público.
Além da casa do ambientalista, outro ponto importante afetado este ano pela enchente foi a estátua de São Sebastião, o padroeiro da cidade. Moradores pediram a retirada da obra, que fica no centro da cidade, entretanto o padre responsável, Antônio Menezes, não autorizou o Corpo de Bombeiros a realizar a operação. A estátua quase foi atingida no ápice das águas.